sexta-feira, 25 de junho de 2010

Livro: Cama Redonda de Maria Beatriz

Uma boa dica de livro para o casal ler, e aquecer, é "Cama Redonda de Maria Beatriz - Fantasias & Fetiches".

Mãos, mãos grandes, muitas mãos agora se apoderam de mim. Homens. Eles estão por toda parte. Quantos serão? Tento contar, faço forca, um exercício de línguas e dedos me invade e confunde, perco a concetração.Filha única, menina prendada, Maria Beatriz foi boa aluna do colégio de freiras que passou a admitir meninos quando ela tinha nove anos. A escola funcionava num prédio antigo, repleto de escadas, que ela, de uniforme e saia xadrez e meias três-quartos, adorava percorrer, sempre subindo na frente. Primeira vez para valer aos dezessete, quase dezoito, ele era um vizinho, veio bater à sua porta, ela o convidou a entrar. As outras vezes? Os outros homens? As outras portas? Descubra seus fetiches, realize suas fantasias. Eis o convite: entre sem bater.
Editora: Planeta do Brasil
Autor: MARIA BEATRIZ SOARES


Homens traem porque sabem que vão sair ilesos

Está na página do Terra:

Os homens traem porque sabem que vão sair ilesos e não serão punidos. Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada por um escritor inglês que entrevistou durante cinco anos 250 adúlteros confessos.

O escritor Peadar de Burca, 36, decidiu investigar a questão para escrever a peça Why Men Cheat (Por que os Homens Traem), em cartaz em teatros na Inglaterra desde o começo deste ano. O tema surgiu na vida de Burca por razões pessoais. Na infância, tomou conhecimento de série de casos de traição na família e quis explorar os motivos que levam os homens a trair.

As hipóteses iniciais que passavam pela sua cabeça incluíam uma sexualidade exacerbada ou até questão genética. Passou então a conversar com tais pessoas, de diferentes estilos de vida e classes sociais, incluindo médicos, dentistas, professores, esportistas e até milionários.

Veja os principais dados do levantamento feito pelo escritor, publicado na versão eletrônica do jornal Daily Mail:

- Dos 250 homens que cometeram adultério, apenas 40 deles tiveram seus casos descobertos. Os demais, sem exceção, se safaram, pois mesmo quando suas mulheres souberam dos relacionamentos os perdoaram e tudo continuou na mesma.

- O escritor também entrevistou 60 mulheres traídas e quase 100% delas mantiveram o casamento depois de tomar conhecimento dos casos extraconjugais. Apenas três delas se separaram.

- Mesmo quando pegos em flagrante, a maioria dos homens nega a situação, e costuma lançar frases do tipo "Não é o que parece", "Você está imaginando coisas". Muitos se expressam de maneira tão calma que as mulheres chegam a duvidar de sua sanidade mental.

- As razões alegadas pelas mulheres para manter o casamento mesmo com o marido pulando cerca são geralmente a manutenção do lar, padrão de vida e não deixar os filhos crescerem longe do pai.

- As traídas também manifestaram ao autor que não se imaginam conduzindo a vida sozinha e que não acreditam que encontrariam outro companheiro após a separação.

- Segundo o escritor, todas as mulheres traídas tinham um traço muito forte em comum: a baixa auto-estima. Ele afirma que muitas eram mais bonitas, atraentes e inteligentes que as amantes, mesmo assim não pareciam assim para seus maridos.

- O pesquisador inglês afirmou que os homens falaram abertamente sobre seus casos pela simples vontade de contar sobre seus feitos e não porque tinham necessidade de se abrir com alguém par aliviar a culpa.

- Os maridos infiéis entrevistados tinham entre 25 e 65 anos e muitos, segundo o escritor, eram "feios como o diabo", mas mesmo assim tinham sucesso em suas aventuras extraconjugais.

- O escritor também afirma que em muitos casos, além da falta de beleza, os homens não tinham nenhum estilo de vida glamouroso ou interessante.

- Segundo a pesquisa, os casos fora do casamento não significaram felicidade para os puladores de cerca. Na verdade, quanto mais traem, mais ficam inseguros.

- Muitos homens admitiram que não estavam em busca de sexo, mas sim de algo para preencher um vazio que sentiam em suas vidas.

- A maioria dos traidores não demonstra sentir culpa pelos casos fora do casamento e já manifestou interesse pelo próximo relacionamento, o que prova que esses homens não buscam nenhum tipo de relação estável com as amantes.

- Alguns homens entrevistados revelaram uma estratégia cruel para se safar de serem punidos pelas esposas quando tiveram seus casos descobertos. Eles afirmaram que passaram a ter atitudes e a dizer coisas para fazer com que elas se sentissem culpadas pela crise na relação, como afirmar que elas negam relações sexuais e os ignoram. Um chegou a afirmar que assim conseguiu que sua mulher até lhe pedisse perdão por seu comportamento.

- E, segundo o escritor, essa técnica rende frutos. Muitas mulheres afirmaram que, após descobrirem o caso dos maridos, nunca conseguiram sentir-se bem consigo mesmas novamente.

- Muitos homens começaram a trair quando atingiram a meia-idade, reforçando o clichê do gatão de meia-idade que sai em busca de sua juventude.

- O escritor descobriu que a maioria das amantes tinha cabelos mais longos do que o das mulheres oficiais.

- A maioria dos casos é descoberta por sinais óbvios, como marcas de batom na roupa ou arranhões no corpo.

Especial para Terra



quinta-feira, 17 de junho de 2010

CONTO ERÓTICO - Sonhar não custa nada

DA SÉRIE “CONTOS ERÓTICOS”

Sonhar não custa nada!!!!

Era uma noite de verão, fazia muito calor e ainda não tínhamos nada programado para aquela noite de sábado. No final da tarde um amigo ligou fazendo o convite para jantarmos em seu apartamento, onde ele estaria com sua esposa. Aceitamos o convite, pois se trata de um casal com que temos bastante afinidades, e muitas vezes saímos juntos. Os homens se dão muito bem, e eu e ela também somos amigas. Pensamos em um jantar leve, pois com o calor o mais importante seria aquela bebidinha gelada. Meu marido gosta que eu me arrume para sair com pouca roupa, porém sem ser vulgar. Ele diz que quando percebe que outros homens me cobiçam isso lhe dá muito tesão. Vesti então uma saia, nada de muito escandalosa, e uma blusinha curta. Ele gostou. Achou-me sensual. Chegamos no apartamento do casal de amigos, e logo percebi que meu marido ficou excitado com o short que ela usava. Ele afirma que o amigo também logo reparou em minha roupa. Falamos sobre varias coisas, rimos muito, brincamos e, naturalmente, falamos também em sexo. Este assunto sempre nos deixa muito excitados, e nossa imaginação fica muito fértil. Sabíamos que os olhares corriam dos olhos dos homens para eu e minha amiga. Mas tudo bem, provocar um pouquinho até que é interessante. Sentados na sala após o jantar, entre uma conversa e outra, sabíamos todos que os desejos estavam aflorando. Mas nós nunca tivemos coragem de tomar qualquer iniciativa de uma transa no mesmo local com nossos amigos, apesar de termos muita vontade fazer isso. Transar no mesmo ambiente de um outro casal, vendo e sendo vistos, é uma de nossas fantasias. É possível que não teríamos coragem de trocar os casais, mas certamente uma troca de carícias entre todos seria muito interessante, e eu aceitaria, pois acho que a transa de cada casal depois seria incrível, pois estaríamos todos no auge dos desejos. Acho que este casal de amigos também pensa em algo assim. Ao final da noite, apesar do desejo não revelado de ficar os quatro juntos, fomos embora. Foi incrível, pois fomos até em casa nos tocando e acariciando no carro mesmo, e logo que chegamos transamos loucamente, da sala até o quarto. E pensávamos e falávamos em como poderia ter sido se ainda estivéssemos os quatro juntos. Que loucura. Mas nossas transas sempre ficam ainda mais quentes quando pensamos neste casal de amigos conosco. Será que algum dia vai rolar alguma coisa? Quem sabe...




JOGOS ERÓTICOS

JOGOS ERÓTICOS

Para aquelas pessoas que já se imaginaram em algumas brincadeiras mais picantes com amigos, existem boas opções de jogos eróticos.

Se você já fantasiou “estar” com aquela amiga, aquele amigo, talvez com os dois, ou ainda um deles com você e seu companheiro, mas nunca teve coragem para falar mais abertamente sobre isso, ou ainda coragem para fazer isso, pense em realizar algumas brincadeiras eróticas. Tudo pode ficar apenas no jogo, e já terá sido extremamente excitante e divertido. Se rolar algo mais, bem, aí só “aquele clima” vai nos dizer.

Um joguinho de cartas que está muito na moda entre as pessoas que querem uma brincadeira mais apimentada é o “Prazer em Dobro”. Neste jogo as pessoas (que podem ser individuais ou casais) recebem um número de identificação cada um, e ficam sentados em um círculo (à mesa, em um sofá ou no chão), e passam a receber dois tipos de cartas. É claro que o início do jogo já fica mais interessante se já houver um certo clima, uma bebidinha após o jantar, uma iluminação adequada, etc. É sempre bom esperar o clima estar mais quente, com assuntos excitantes, para começar a jogar.

Após identificadas com seu número, cada participante indica com qual ou quais participante(s) poderá se relacionar. Ou seja, se você é a número 1 e indicar que pode se relacionar apenas com a(o) número 2, sempre que você tiver que pagar uma prenda será com esta pessoa. Se indicar outra, ou mais de uma, será decidido posteriormente com quem você vai pagar a prenda. Lembre-se: As prendas nada mais são do que a realização de alguns desejos que normalmente deixamos adormecidos.

O jogo consiste basicamente em uma diversão descontraída e desinibida, onde os jogadores são submetidos a testes e desafios que lhes custarão as “prendas”. Que tipo de desafio e que prenda será paga, só jogando para saber. O certo é que a brincadeira é muito excitante. No jogo é possível escolher três níveis de desafios e prendas, e o mais indicado é o nível “leve”, onde as brincadeiras são plenamente possíveis de ser realizadas, e ainda assim muito eróticas e estimulantes.

Perca a inibição, crie coragem, escolha os amigos e jogue o jogo mais criativo e excitante que existe. Afinal, as brincadeiras eróticas e a realização de fantasias só fazem apimentar e fortalecer a vida a dois.

Vamos ao jogo... vamos aos desejos...


O casamento acaba com o tesão

Publicado na Revista ISTO É em 16/11/2005.

No futuro, sexo a três, ou ménage à trois, será tão comum quanto a dois. As pessoas serão andróginas, sem marcações muito definidas entre masculino e feminino e, nesse contexto, a bissexualidade poderá vir a ser a opção preferencial. O casamento com cláusula de exclusividade sexual deixará de existir. Freqüentar clubes de swing ou praticar sexo grupal em casa será corriqueiro.
Sai de cena a idéia do amor romântico, no qual a busca pela alma gêmea leva o indivíduo a idealizar o parceiro e, ato contínuo, a frustrar-se com a realidade. Essas são algumas das tendências de mudanças no comportamento sexual que poderão se tornar fenômeno de massa daqui a algumas décadas, segundo a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins. O tema é abordado em O livro de ouro do sexo (Ediouro), que ela lançou em parceria com o marido, o roteirista e escritor Flávio Braga, em 2005. Regina tem idéias libertárias e, não raro, provoca polêmica até entre seus próprios colegas.
Crítica dos padrões de comportamento oriundos da sociedade patriarcal, Regina costuma dizer, nas palestras que faz pelo Brasil afora, que “o casamento é o lugar onde menos se faz sexo” e que isso vale para os casais homossexuais também. Autora do best seller A cama na varanda, desta vez ela fez um tratado sobre sexo. Fala de Freud e Reich, sobre os grandes movimentos de emancipação, a indústria erótica, as fantasias e, baseada em estudos, pesquisas e “sinais da sociedade”, arrisca um painel para o futuro.

ISTOÉ – Quais são as tendências sexuais para o futuro?
Regina Navarro Lins – Quando falo de tendências, falo de mudanças que virão não para pequenos grupos, mas para se transformar em fenômeno de massa. Há 40 anos, as meninas se casavam virgens e hoje isso é uma exceção. Estamos falando de mudanças assim, que podem ser predominantes no comportamento das pessoas. Em dois anos de estudos, Flávio e eu chegamos a algumas conclusões. Primeiro, a exclusividade sexual vai acabar. A idéia de que se você ama não tem tesão por mais ninguém é falsa e equivocada. Está dentro das expectativas do amor romântico que idealiza as relações e condiciona o sexo a só ser bom se houver amor. Como a exclusividade nas relações tende a acabar, as pessoas vão aceitar com mais naturalidade que alguém tenha desejo sexual por várias pessoas. A médio prazo, será comum ter vários parceiros.

ISTOÉ – A sra. quer dizer swing?
Regina – Não exatamente. Refiro-me a vários parceiros, um de cada vez, mas no mesmo período da vida. É bem possível que se tenha um parceiro predileto para o sexo, outro para viajar, outro para a vida cultural. Vai diminuir o número de pessoas que queiram formar um casal fechado. Há uma nova formação de rede de amigos que está substituindo a família e o casamento. Pessoas solteiras ou divorciadas se unem e se amparam. Quando um está doente, os outros dão apoio. E sexo com amigo também está incluído. Na medida em que os envolvidos não tenham expectativa de relação estável e separem sexo de amor, não tem problema. Essa história de que sexo com amigo deve ser evitado para não acabar com a amizade só é válida se um dos dois quiser namorar firme enquanto o outro quer apenas sexo.

ISTOÉ – O casamento vai acabar?
Regina – Esse modelo que a gente conhece – duas pessoas sob o mesmo teto, regidas pela exclusividade e com direito a cobranças – tende a diminuir. Claro que sempre vai existir, mas vão predominar relações mais abertas. Primeiro porque o casamento fechado, desse jeito que a gente conhece, é uma tragédia. O casamento é o lugar onde menos se faz sexo. Não tenho dúvidas. O swing, a troca de casais, tudo isso está se tornando corriqueiro, mas o que desponta como mudança de comportamento forte é o sexo a três. Depois de observar essa tendência em consultório, palestras, e-mails, eu lancei a seguinte pergunta no meu site (www.camanarede.com.br): “Você gostaria de fazer sexo a três?” Mais de duas mil pessoas responderam e 80% disseram que sim. Quando 80% dizem que desejariam é porque já está em processo de mudança.

ISTOÉ – E por que as pessoas preferem três no relacionamento?Como é? Dois homens e uma mulher ou o inverso?
Regina – Acho que, na medida em que há um afrouxamento dos limites, da censura, as pessoas começam a ficar mais livres. Querem experimentar novas sensações. Ménage à trois é uma prática antiga. Esse trio sexual, hoje, é majoritariamente duas mulheres e um homem. Acho que é porque o homem ainda está carregado de valores patriarcais e não admite estar com outro homem nu numa cama. Mas isso também tende a diminuir. Passará a ser natural: sexo a três, swing, sexo grupal, parceiros múltiplos. Tudo isso porque há um outro fenômeno importante em marcha: não tenho dúvida de que caminhamos para a androginia.

ISTOÉ – Por quê?
Regina – Primeiro, vamos desfazer aquela imagem do homem pálido que ninguém sabia se era homem ou mulher. Não é isso a que me refiro. É uma pessoa ser mais inteira, ter dentro dela a harmonia entre masculino e feminino sem precisar mutilar ou esconder aspectos de sua personalidade. A marca da androginia é a capacidade de dissolver a divisão entre o que seria ser homem ou ser mulher. As pessoas são o que são. E vamos gostar delas pelas suas características de personalidade, seu jeito de ser, e não por ser deste ou aquele gênero. Nesse sentido, as pessoas vão se abrir para a experimentação sexual também com pessoas do mesmo sexo. A pílula anticoncepcional foi o golpe fatal no sistema patriarcal e tudo começou a se transformar. O homem deixou de controlar a sexualidade e a fecundidade da mulher. Ela passou a ter filho quando quer, se quiser, com quem quiser. Sua sexualidade também se aliou ao prazer. A fronteira entre masculino e feminino começa a se dissolver em outros campos também. Não tem mais nada que interessa somente ao homem ou só à mulher. E isso é fundamental numa sociedade de parceria.

ISTOÉ – A busca de relacionamento com pessoas do mesmo sexo significaaumento do homossexualismo?
Regina – Não necessariamente. As pessoas transitariam entre os dois sexos com mais liberdade, seriam mais comumente bissexuais. Agora, quero deixar bem claro – senão vão achar que estou louca – que isso não vai acontecer no ano que vem. Não se prevêem com exatidão as grandes mudanças, mas sabe-se que levam algumas décadas. Já estamos no processo, há sinais evidentes disso.

ISTOÉ – O sexo virtual é fator importante no processo?
Regina – Na cybercultura, as mudanças são inimagináveis. O sexo virtual que se faz hoje é pouco perto do que a evolução da tecnologia vai proporcionar. O que importa, no sexo, são as sensações, não é? Não importa estar presente; basta que os estímulos sensoriais levem ao prazer.

ISTOÉ – Tirando a parte do sexo virtual, as outras tendências seriam, na verdade, uma volta à liberdade sexual da Antigüidade, antes do cristianismo?
Regina – Não, porque a liberdade que supostamente havia era ligada aos preceitos patriarcais. As mulheres das orgias de Roma ou Grécia não eram esposas, eram prostitutas, cortesãs. Estamos vendo, pela primeira vez, uma sexualidade em que a mulher tem vez. A mudança de mentalidade é sempre lenta e gradual. As mulheres não só passam a tomar iniciativas como também assumem que gostam de sexo. Hoje, se uma mulher disser que sexo é bom e que não está ligado ao amor, ninguém vai segregá-la. O problema é que essa consciência toda acontece quando se sabe que as pessoas fazem muito pouco sexo.
ISTOÉ – Pouco sexo ou sexo de pouca qualidade?
Regina – A quantidade de gente que faz pouco sexo é impressionante. Mulheres principalmente, mas homens também. O homem tem mais facilidade porque pode contratar uma garota de programa. A mulher tem vontade de fazer isso, mas tem medo, muito pela força física. Já ouvi de várias mulheres, em consultório, pesquisas, palestras, que seria ótimo se existisse bordel para as mulheres porque, num lugar desse, elas saberiam que não correriam risco de morte. Outra constatação é que as pessoas, além de fazer pouco sexo, ainda o consideram sem qualidade. Muita gente diz que faz sexo por obrigação, para não perder o(a) parceiro(a).
ISTOÉ – Isso não aparece nitidamente nas pesquisas. As pessoas mentem?
Regina – Mentem, e muito, quando o assunto é sexo. Mesmo sem dar o nome, endereço, sem mostrar o rosto, ainda assim, mentem. Acho que é porque ficam constrangidas, se sentem diminuídas. Outra mentira: dizer que a média de relação sexual no casamento é três vezes por semana. Eu não tenho estatística, mas sei que não é verdade. Os períodos de jejum são grandes. Agora, qualquer pessoa com um mínimo de informação já viu pelo menos uma reportagem dizendo que sexo é importante para a saúde, para o bem-estar físico e emocional. Se é verdade que sexo faz esse bem todo, então há um problema de saúde pública porque se faz muito pouco sexo. Esse tema é abordado nos relatórios Kinsey, Hite e também no trabalho de Carmita Abdo sobre o comportamento sexual no Brasil. E isso não é exclusivo da relação heterossexual. O mesmo acontece com casais homossexuais, que costumam reproduzir as relações heterossexuais no pacto de exclusividade e também na perda de tesão.

ISTOÉ – Então, é o casamento que acaba com o tesão?
Regina – Acaba porque o casamento se presta a uma dependência emocional entre os dois. O casamento é terreno propício para a simbiose, a fusão. A idéia de encontrar a alma gêmea, alguém que complete, isso faz com que as pessoas busquem e inventem parceiros, idealizem e criem dependência. Mas o principal fator para a perda de tesão é a certeza da exclusividade.
ISTOÉ – E como ficará o ciúme?
Regina – O ciúme é um condicionamento. Aprendemos a ser ciumentos. A criança temciúme da mãe porque, se a mãe sumir, elamorre. É necessário fazer um trabalho intenso dentro da gente para controlar o ciúme. Masé cultural também: se você é criado paraencontrar alguém que o complete, quando encontrar, terá pavor de perdê-lo. O ciúmepode ser visto como algo aprendido.

ISTOÉ – A sra. consegue viver dentro desses parâmetros?
Regina – Não estou dizendo que isso é fácil, que eu tiro de letra. Não é. Mas eu acho que a gente tem de se esforçar para conseguir. Será muito mais fácil para as gerações futuras, que vão nascer com a mentalidade mudada. Eu acredito em tudo o que falo. Mas não nasci em Marte, também recebi todos esses condicionamentos culturais e preciso lutar para mudar. Não há outra saída. Há muito tempo, por exemplo, não aplico as palavras traição e fidelidade em questões sexuais.

ISTOÉ – Por quê?
Regina – Acho que empregamos mal essas palavras quando falamos em sexo. Por que é considerado traição quando uma pessoa está casada e tem uma relação extraconjugal? Isso acontece quando se fecha um pacto com aquela pessoa do tipo: você é só meu, não vai olhar para ninguém, não vai sentir atração por ninguém, pense só em mim. Traição é seriíssimo, é grave. É trair uma amizade, um sentimento, é enganar, mentir, roubar, fingir que gosta e detestar a pessoa. Infidelidade é grave quando se refere a sentimentos. Agora, ter uma relação extra não é traição. Tem de mudar essa mentalidade.
----------
Então? Será que de 2005 prá cá o futuro já chegou?

terça-feira, 8 de junho de 2010

Dia dos Namorados, com Amigos...

Por um motivo qualquer, resolvemos que desta vez faríamos nossa comemoração de Dia dos Namorados um pouquinho diferente. Já estamos acostumados àqueles jantarzinhos a dois, luz de velas, estas coisas, e isso fazemos com bastante freqüência. Somos do tipo casal romântico mesmo.
Desta vez, até para fugir das lotações e filas de restaurantes e motéis em datas especiais, fizemos um programa caseiro e ainda convidamos um casal de amigos que estava com a mesma idéia.
Decorei o apartamento com velas e rosas e ficou muito legal. Um bom vinho, um bom papo, uma boa parceria. Tudo perfeito.
Com um bom papo entre os casais depois de um certo teor alcoólico, acabamos conversando sobre fantasias mais eróticas, ciúmes, limites, essas coisas.
Papo vai, papo vem, bebidinha vai, bebidinha vem, começamos a testar nossos limites. Em certo momento, quando falávamos sobre coragem ou não para fazer ménage, swing, essas coisas... minha amiga Carla me pergunta:
-Mas Cíntia, você não teria ciúmes de ver seu marido com outra?
Eu respondi:
-Se fosse prá nos divertirmos juntos, claro que não. O ciúme existiria se ele estivesse com outra por estar apaixonado por ela, com o objetivo de me abandonar. Mas não é o caso. Numa boa brincadeira entre casais descomplicados e bem resolvidos, e principalmente bons amigos, realmente não vejo problemas. Muito pelo contrário...
Também perguntei a ela a mesma coisa, e depois de todo meu “discurso” ela já estava concordando mais comigo.
Não demorou para o Luiz, meu marido, perguntar se as mulheres curtiriam uma relação com outra mulher. Coisa que todo homem imagina, não é?!
Eu disse que não teria problema, dependendo da mulher, mas se fosse alguém que eu curto acho que poderia ser interessante. O carinho, o beijo, o toque entre duas mulheres é algo que considero bem instigante. Minha amiga também tinha algumas dúvidas, mas deixou transparecer que tinha no mínimo curiosidade sobre o assunto.
O marido dela resolveu começar um teste, e pediu para ela abraçar o meu marido prá ver se rolava algum ciúme. A situação ficou um pouco estranha, mas não demorou para descontrairmos e até acharmos graça do momento. È claro que eu disse que não tinha ciúme, e para provocar um pouquinho eu disse que até estava achando bonita a cena dos dois juntinhos. Desafiei propondo um selinho entre os dois, e apesar de ficar meio sem jeito, a Carla topou e deu um belo beijinho no Luiz.
É claro que o Luiz também propôs um desafio, para que eu fizesse o mesmo com o marido da Carla, e testar a reação dela... e dele.
Mandei um belo beijo nele, com abraços e caricias.... a coisa pegou fogo. Logo estávamos dançando os quatro juntos, trocávamos os casais, e até dancei com a Carla também. Pintou um clima muito excitante, com pouca luz, boa música e muita sensualidade. Rolou vários carinhos entre todos, mãos passeando pelos corpos arrepiados de tesão, o sofá parecia a acomodação perfeita para os quatro naquele momento. Meu marido sentou numa ponta, ao lado dele a Carla, depois eu e na outra ponta o marido dela.
Foi uma experiência maravilhosa. Não chegamos a fazer tudo sobre o que conversávamos no início da noite, mas certamente fizemos muito bem uns para os outros.
Foi um Dia dos Namorados muito especial, com pessoas muito especiais. Esperamos por uma nova oportunidade ainda mais intensa.