sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Fisioterapia para devolver prazer às relações sexuais

As principais queixas de falta de apepite sexual estão ligadas a dores na hora da relação, a fase de transição entre os períodos reprodutivos da mulher e as preocupações diárias. A fisioterapia uroginecológica é capaz de aliviar os sintomas e ainda estimular o auto conhecimento do corpo.

Os dados da pesquisa feita pelo Ambulatório de Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP indicam que a maioria das mulheres sofrem do mal, mas para Débora Padua, fisioterapeuta uroginecológica da Clínica José Bento de Souza, em São Paulo, "quando o sexo não é prazeroso é sinal de que algo está errado".

O diagnóstico é feito pelo exame de toque, que detecta a causa do problema pela sensibilidade da paciente, como desconfortos em determinadas posições e até mesmo dores mais agudas. O exame também indica o estado da musculatura pélvica, se está enrijecida ou mais afrouxada, o que vai definir o estágio de desejo e prazer sexual.

O tratamento

Como todos os músculos do corpo, a região pélvica precisa relaxar e contrair. Com ajuda de um eletrodo vaginal, a fisioterapeuta explica que a partir de 100 hertz a musculatura relaxa e se diminuir a variação é possível conseguir a contração necessária para a entrada e saída do pênis na hora "H". Cada sessão dura cerca de 35 minutos e se feita ao menos duas vezes na semana é possível sentir o resultado no prazo máximo de dois meses.

O tratamento ainda é focado na sexualidade psicológica de cada paciente. A fisioterapeuta alerta para a falta de conhecimento das mulheres com o próprio corpo, algo muito comum. O sexo feminino ainda carrega o tabu de satisfazer apenas o homem na cama e sentir medo e vergonha de se tocar.

— É fundamental que elas se olhem e se aceitem da maneira como são para então buscar o prazer. Só assim serão capazes de indicar ao parceiro quais partes do corpo devem ser estimuladas na hora do sexo —, completa Débora.

Segundo a especialista, a técnica é desenvolvida dentro da fisioterapia que trabalha os músculos pélvicos e as possíveis alterações ginecológicas, urológicas, obstetrícias e sexuais. Os trabalhos são preventivos e reabilitadores da saúde da mulher.

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