sexta-feira, 28 de maio de 2010

Os Sabotadores do Erotismo


Detone os sabotadores do erotismo

Muitos casais reconhecem ter perdido o interesse pelo sexo. Sentem que seu desejo já não é o mesmo. O que antes os deixava apaixonados, agora lhes dá cansaço e que a pessoa que antes acariciavam com vigor agora não desperta nem sua emoção nem seu erotismo.


O desejo é a faísca do comportamento sexual: dificilmente se desenvolve excitação e alcança o orgasmo se não existe o desejo prévio que acenda e prepare nosso corpo e mente.

Por que surgem os problemas sexuais e se anestesia o interesse pelo sexo? Imagina-se que as relações e a comunicação sexuais devem surgir espontaneamente, sem trabalho, à toa. Mas esta idéia, da mesma forma que outros preconceitos e crenças errôneas, pode levar ao fatalismo e à resignação.

Outro sabotador do erotismo é a falta de sinceridade: para manter uma relação amorosa satisfatória é preciso falar ao outro sobre aquilo que deseja e sente: a franqueza é "uma chave para abrir a porta da satisfação sexual".

Uma das razões que mais influenciam na apatia sexual é o estresse: se as preocupações crescem e ocupam mais espaço, o desejo se inibe, já que o corpo fica sem energia. A tensão nervosa talvez seja o problema mais difícil, porque sua solução requer mudanças substanciais das atitudes e estilo de vida.

O desconhecimento, o stress e a falta de comunicação são três terrenos onde germinam as ervas daninhas que asfixiam a flor do desejo. Mas os inimigos do erotismo são mais numerosos, e o primeiro passo para superá-los consiste em desmascará-los.

Os psicólogos clínicos Ernesto López e Miguel Costa, autores do livro "Como vencer a preguiça sexual", e outros especialistas em sexologia, explicam quais são os sabotadores do desejo e como dizer-lhes "adeus e até nunca mais". Confira!

Os sabotadores do erotismo

Falta de comunicação: Os ressentimentos e mal-entendidos se acumulam, a distância afetiva aumenta e a sexualidade se empobrece. Compartilhar os temores e as inquietações proporciona uma intimidade que potencializa o desejo de estar perto do outro.

Distração: É um equívoco relacionar o sexo ao espontâneo, já que ele também requer tempo e planejamento. Para que o casal não esfrie é preciso se fixar nos aspectos românticos da relação: manter um grande nível de intimidade fora do quarto faz prodígios com o que se compartilha dentro dele.

Rotina: A sexualidade não é só ginástica. É preciso incrementá-la com jogos, palavras, sons e esperar diversão. Fazer sexo determinados dias da semana, como o sábado, significa equiparar o sexualidade ao trabalho e desvirtuar sua função de prazer.

Aborrecimento: O primeiro conselho é preparar o palco, identificando o contexto que nos excita e os sinais que despertam o desejo, e recuperar as atividades que antes eram excitantes, como os passeios a sós ou as festas animadas. Também é preciso buscar e introduzir novidades nas relações sexuais: usar lingerie sexy, fazer amor em momentos excitantes, diferentes e em lugares incomuns, ler livros eróticos ou ver filmes estimulantes, compartilhar fantasias, realizar fantasias.

Pudor: Durante o ato sexual, especifique o que deseja e o que não: freqüência, técnica, duração. Não tenha medo de expressar aquilo que incomoda, sobretudo quando se trata de algum aspecto relacionado com sua própria satisfação sexual, como as dificuldades para atingir o orgasmo. Tente conhecer as preferências de seu parceiro e satisfazê-las.

Problemas: Quando um casal tem problemas, estes acabam reduzindo o apetite sexual. É melhor falar deles com sinceridade e tentar solucioná-los, ao invés de deixá-los de lado, pensar que se solucionam fazendo amor ou crer que serão esquecidos com o tempo. Pelo contrário, sempre acabam voltando.

Bloqueios: E preciso expressar ao outro os sentimentos de forma direta e clara, tanto os positivos de alegria, carinho ou amor, como os negativos de ira, enfado ou medo e não usar o castigo para conseguir algo do outro, por meio de insultos, ameaças, silêncios. Assim se adquirem hábitos de comunicação que facilitarão a aproximação do casal.

Expectativas: Ainda existem muitos mitos e tabus sobre o sexo, que fomentam aprendizados negativos. Por exemplo, quando decidimos ter relações sexuais, esperamos a perfeição imediata. Estas expectativas são ingênuas e se as experiências sexuais são insatisfatórias, é provável que o desejo fique anestesiado.

Rigidez: Todos os conselhos sobre sexualidade servem para orientar, já que cada pessoa é um mundo e cada casal também. Por isso dentro de cada um está a tarefa de conhecer, aprender e praticar as formas mais adequadas para aumentar a satisfação sexual na relação.

Inércia: A perda do interesse sexual não foi um fato fortuito e repentino, mas foi um processo gradual. Acontece que quando o desejo estava vivo, não era um fato espontâneo: fazíamos e dizíamos coisas. Do mesmo modo, a recuperação do interesse perdido não acontece só por desejá-lo, mas como resultado de um esforço de transformação pessoal.

Auto-estima: Sentir bem pelo que fazemos e valorizar-nos positivamente, pelas metas e tarefas nas quais nos envolvemos é uma maneira de cultivar nosso atrativo pessoal. Nossa auto-estima pode ser uma boa guia para nossa vida sexual.


Nenhum comentário:

Postar um comentário